terça-feira, 23 de julho de 2013

Porto de Sines considera "crime" adiamento de ligação ferroviária a Madrid

O presidente da Comunidade Portuária de Sines considerou hoje um "crime" a perspectiva de se vir a investir na ligação ferroviária entre Sines e Madrid apenas a partir de 2020, por impedir o desenvolvimento do porto alentejano.

Carlos Vasconcelos apresentou o "não desenvolvimento" da ferrovia para a capital espanhola como uma "ameaça" ao crescimento do terminal de contentores do porto de Sines.

O dirigente referia-se a um projecto "apresentado esta semana" pela Refer, que "não prevê nenhum investimento, até 2020", nas infra-estruturas ferroviárias da zona.

"Pensamos que é um crime que se está a fazer, não só em relação ao país, mas sobretudo em relação a Sines", afirmou Carlos Vasconcelos, que falava à agência Lusa à margem de uma conferência organizada hoje, na cidade alentejana, pela comunidade portuária.

O plano da empresa pública que gere a rede ferroviária nacional contempla, segundo o responsável, o investimento de 160 milhões de euros "para uns hipotéticos oito quilómetros na Trafaria, onde nada existe".

O representante da comunidade portuária defendeu que, com a construção de uma ligação entre Sines e Évora e a melhoria da via até Grândola, "gastar-se-ia muito menos dinheiro e teríamos resultados imediatos e retorno imediato para o país".

"Nada temos a opor à Trafaria", referiu, sublinhando, no entanto, que "o desenvolvimento da Trafaria não pode, de maneira nenhuma, restringir ou afectar o natural desenvolvimento do porto de Sines".

Carlos Vasconcelos, que é também presidente da MSC Portugal, o maior armador a operar na cidade alentejana, actualmente com 15 escalas semanais, duvida de que o terminal de contentores na margem sul do rio Tejo "alguma vez venha a nascer".

Mas, se tal acontecer, a empresa "nunca" irá para a Trafaria, assegurou.

"Não somos suicidas e não queremos dar cabo de um excelente negócio que temos aqui", justificou o responsável.

Lusa "20-06-2013"


 

O desenvolvimento do Porto de Sines, nomeadamente a ligação ferroviária a Madrid, pode tornar este porto como uma das principais portas do continente Europeu e por isso trazer algum investimento de Empresas internacionais para Portugal. Assim, penso que é um investimento essencial e urgente, pois contribuirá para a resolução da nossa crise económica e cada vez mais social.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Guerra de preços leva Galp a fazer descontos até 40%

O mercado livre de energia vai voltar a mexer. A Galp lança hoje uma nova campanha com descontos que vão até aos 40% na electricidade e no gás.

Até agora, os cortes máximos não passaram dos 5% e 10%, tanto nas ofertas da Galp como nas das suas concorrentes: EDP, Endesa e Iberdrola. Só a Goldenergy apresenta um desconto de 20%, mas só no gás.

A campanha, que se prolonga até 30 de Setembro, surge apenas 15 dias depois de ter terminado o prazo para os consumidores inscritos no leilão da Deco aderirem - ou não - à tarifa reduzida oferecida pela Endesa. Este foi, aliás, o mais recente episódio a mexer com o mercado uma vez que levou a EDP, a Iberdrola e a própria Galp a apresentarem agressivas campanhas para os mesmos prazos que a oferta da Deco. Descontos que, no caso da EDP e da Galp, eram mais vantajosos que os da Associação, como aliás ela própria reconheceu ao DN/Dinheiro Vivo.

Diário de Notícias

http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=3323173&seccao=Dinheiro Vivo

quinta-feira, 4 de julho de 2013

'Aliança Europeia' Comissão Europeia lança aliança para combater desemprego jovem




A Comissão Europeia lança hoje a Aliança Europeia para a Aprendizagem, que tem como objetivo ajudar a combater o desemprego jovem, através da melhoria da qualidade e da oferta dos regimes de aprendizagem.
 

O executivo comunitário afirma, em comunicado, que a Aliança Europeia para a Aprendizagem "visa igualmente uma mudança de atitudes no que respeita às aprendizagens, ao mesmo tempo que identificará os modelos de maior sucesso na União Europeia (UE) e aplicará soluções adequadas a cada Estado-membro".
A Aliança, adianta Bruxelas, vai promover medidas a apoiar pelo Fundo Social Europeu, a Iniciativa para o Emprego dos Jovens e o novo programa Erasmus, nos domínios da educação, formação e juventude, bem como apoiar as reformas nacionais destinadas a estabelecer novos regimes de aprendizagem ou a reforçar os existentes.
A Aliança Europeia para a Aprendizagem é hoje lançada pelos comissários europeus da Educação, Androulla Vassiliou, e do Emprego, László Andor, no concurso WorldSkills, a decorrer em Leipzig, na Alemanha.
A comissária Androulla Vassiliou, citada no comunicado, sublinhou a necessidade de "congregar esforços e agir de imediato para assegurar que os jovens possuem as competências de que necessitam para serem bem-sucedidos na esfera privada e profissional".
O comissário László Andor referiu, por sua vez, que, tendo em conta os "níveis inaceitáveis" do desemprego juvenil, "é imperativo que os responsáveis pela educação e o emprego trabalhem em conjunto para facilitar aos jovens europeus a transição da escola para o mundo do trabalho".
A Comissão Europeia, a presidência do Conselho da UE e organizações de parceiros sociais europeias assinaram hoje uma declaração conjunta, comprometendo-se a, nos próximos seis meses, a "aumentar a oferta e a qualidade das aprendizagens", bem como a cooperar com escolas e serviços de emprego.
De acordo com os dados divulgados na segunda-feira pelo Eurostat, a taxa de desemprego jovem, em maio, situou-se nos 23,8 por cento na zona euro e nos 23% na UE.
Em Portugal, a taxa situou-se nos 42,1% em maio, a terceira mais elevada na UE, apenas superada pela Grécia (com uma taxa de 59,2%, em março) e por Espanha (com uma taxa de 56,5%).
http://www.noticiasaominuto.com/economia/86919/comiss%C3%A3o-europeia-lan%C3%A7a-alian%C3%A7a-para-combater-desemprego-jovem#.UdVRHm2Ok3g

Bancos - Depósitos estão protegidos



A subida das taxas de juro da dívida pública e a queda das acções da banca, provocadas pelo pedido de demissão apresentado pelo ministro Paulo Portas, fizeram reemergir a incerteza sobre a segurança dos depósitos bancários. Contudo, os economistas consultados pelo Diário Económico acreditam que não há motivo para alarme.
http://www.noticiasaominuto.com/economia/87541/dep%C3%B3sitos-est%C3%A3o-protegidos#.UdVM8W2Ok3g


 

Bem, espero que não haja alarme, pois seria o caos, basta lembrar a situação do Chipre.
Em termos políticos é importante avançarmos para uma Europa Federal, com instituições unitárias, e um verdadeiro Banco Central que garanta a igualdade de todos os cidadãos Europeus.

 

terça-feira, 2 de julho de 2013

Portas apresenta demissão por contestar nova ministra, Governo em risco

A decisão "é irrevogável", adianta o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros num comunicado enviado à Lusa.
Paulo Portas contesta a escolha de Maria Luís Albuquerque para a pasta das Finanças, depois de a saída de Vitor Gaspar, com quem tinha "conhecidas diferenças políticas", "permitir abrir um ciclo político e económico diferente", sublinha o líder do CDS/PP.
"A escolha feita pelo primeiro-ministro teria, por isso, de ser especialmente cuidadosa e consensual.(...) Expressei, atempadamente, este ponto de vista ao Primeiro-Ministro que, ainda assim, confirmou a sua escolha [de Maria Luís Albuquerque]. Em consequência, e tendo em atenção a importância decisiva do Ministério das Finanças, ficar no Governo seria um ato de dissimulação. Não é politicamente sustentável, nem é pessoalmente exigível".
"O Primeiro-Ministro entendeu seguir o caminho da mera continuidade no Ministério das Finanças. Respeito mas discordo", adiantou.
O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, apresentou segunda-feira o pedido de demissão e vai ser substituído pela sua secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, que tem tomada de posse marcada para as 17:00 no Palácio de Belém, em Lisboa.
Numa carta enviada ao primeiro-ministro, Vítor Gaspar admitiu ter pedido duas vezes a demissão do Governo, em 2012 e já em 2013, e justifica a sua saída com a falta de "mandato claro" para concluir atempadamente a sétima avaliação da 'troika'.
Portas adianta que, em dois anos de governo, "protegeu até ao limite das suas forças o valor da estabilidade", mas "a forma como, reiteradamente, as decisões são tomadas no Governo torna, efetivamente, dispensável" o seu contributo.
O comunicado termina com um agradecimento aos colaboradores no Ministério dos Negócios Estrangeiros e colegas de Governo, "sem distinção partidária".
por Texto da Lusa, publicado por Ricardo Simões Ferreira
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=3300698&page=-1


Já esperava esta situação após conhecer os “silêncios” relativamente à demissão do ministro das Finanças António Gaspar e à sucessão da Secretária de Estado Maria Luís Albuquerque.

Agora, espero que o nosso Presidente da República convoque um governo de “salvação” Nacional que conjugue personalidades com provas dadas nas várias áreas. Mas sobretudo na área Política.

Em termos de gestão da crise, penso que nada mudará. Continuo a acreditar que a solução está na Europa, nomeadamente na adopção de uma Política Federal.

Até lá vamos ver o que acontecerá até ao final da semana. Mas acredito que este Governo chegou mesmo ao fim!

Jorge Carvalho